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Bebés e Infeções Respiratórias

Estima-se que muitas doenças respiratórias, ao longo da vida, sejam programadas durante a gravidez e/ ou início de vida.


Possíveis causas das patologias respiratórias na infância

Nos últimos anos tem existido um aumento da incidência de patologias respiratórias nas crianças. Isto deve-se a diversos fatores, como a evolução dos germes responsáveis pelas infeções respiratórias, tabagismo parental, predisposição genética, frequência em infantários, prematuridade (peso à nascença < 2.500kg), predominância das infeções virais sobre as bacterianas, refluxo gastroesofágico, bem como a um conjunto de fatores ambientais associados à poluição e estilo de vida (exposição a micróbios, alérgenos, dieta e toxinas, etc.).


Infeções respiratórias mais comuns

As crianças pequenas, devido às suas características anatómicas e fisiológicas (diferenças estruturais do seu aparelho respiratório em relação ao do adulto) estão mais suscetíveis a contrair infeções respiratórias. As mais comuns são as pneumopatias e a bronquiolite. O Vírus Sincicial Respiratório é responsável por mais de 70% das bronquiolites. As reinfecções são comuns e podem acontecer ao longo da vida, sendo que em 10% a 20% das crianças os sintomas podem persistir após duas semanas. As infecções respiratórias inferiores bacterianas são a causa major de morbilidade e mortalidade globalmente.


Objetivos da Fisioterapia Respiratória Pediátrica

As patologias obstrutivas ou restritivas respiratórias, podem requerer o recurso à fisioterapia respiratória, através da utilização de técnicas manuais específicas, com o objetivo de:

  • diminuir a obstrução brônquica e a hiperinsuflação pulmonar;

  • melhorar a ventilação;

  • drenar secreções;

  • otimizar as trocas gasosas;

  • desobstruir o nariz profundo (vias aéreas superiores);

  • prevenir ou tratar atelectasias;

  • melhorar/diminuir o desconforto respiratório.

Estas técnicas não são dolorosas, mas podem ser desconfortáveis para a criança, já que condicionam a sua mobilidade.


Ao fisioterapeuta caberá avaliar a criança, através da auscultação pulmonar e de sinais e sintomas específicos, como adejo nasal, tosse, cianose, tiragem, taquipneia, saturação de oxigénio, padrão ventilatório, respiração paradoxal, alterações posturais, morfologia do tórax, características das secreções, entre outros. É também função do fisioterapeuta:

  • Aconselhamento aos pais acerca de factores que podem minimizar o desconforto da criança, como por exemplo o posicionamento da criança, suplementação hídrica, alimentação frequente com refeições fraccionadas higiene pessoal, arejamento e temperatura da casa, etc.

  • Ensino da lavagem nasal;

  • Ensino aos pais/cuidadores de reconhecimento de sinais de dificuldade respiratória – adejo nasal, cianose, tiragem, taquipneia, sibilâncias, diminuição do apetite, febre, prostração, diminuição da actividade física/ tolerância ao esforço, entre outros;

  • Ensino aos pais/cuidadores da utilização correcta das câmaras expansoras e nebulizadores.

Saiba como a fisioterapia em casa pode ajudar, entrando em contacto connosco!


Elaborado por Fisioterapeuta Maria Cavaco - OF nº4880

 

Fontes:

  • Diagnosis and management of Bronchiolitis. Subcomimittee ; on diagnosis and management of Bronchiolitis. Pediatrics 2006; 1774-1793;

  • Early Childhood Origins and Economic Impact of Respiratory Disease Throught Life. Landau L.I. et al, Mosby 2008;

  • Early-life origins of chronic respiratory diseases: understanding and promoting healthy ageing. Carraro S., et al, European Respiratory Journal, 2014, 44: 1682-1696;

  • Bronchiolitis. Bourke T., et al. Clinical Evidence 2011; 04:308;

  • Kinésiothérapie et bruits respiratoires: nouveau paradigme. Guy Postiaux, 2014. De Boeuck Superieur.

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